31 de outubro de 2010

Após aqueles dias

Após aqueles dias em que esteve ausente de seu esconderijo, voltou a se expor ao mundo e a seus riscos, com novas vontades e anseios, porém, com um diferente coração, revigorado de alegria e fé. Tudo parecia mais claro, como se um véu fosse tirado de seus olhos; pôde distinguir o errado do certo, o importante do sem valor, como se tudo já estivesse planejado e Ele estivesse fazendo acontecer. Ela percebeu que nunca o deixara, somente estava fria; e após aqueles dias, se sentiu amada, acolhida, feliz... bem. 

23 de outubro de 2010

"Foda-se, eu vou fazer do meu jeito...


...E as pessoas que me amam entenderão porque eu faço as coisas assim, porque elas me amam. Foda-se."

(frase tirada desse episódio, aos 16:06)

Christopher Miles (Skins)

Jal: I’ve been thinking about what Chris would have wanted to say today. The advice he’d give me. Wich would be something like, “you know what, babe, fuck it. The guys know all about me. Tell them about someone different”. So I thought I’d say something about a hero of Chris’s. A man called Captain Joe Kittinger. In 1960, climbing into a foil ballon, Camptain Joe ascended 32 kilometres into the stratosphere. And then, armed only with a parachute, he jumped out. He fell for four minutes and 36 seconds, reaching 714mph, before opening his parachute five kilometres above the Earth. It had never been done before and has never done since. He did it just because he could… and that’s why Chris loved him. Because the thing about was, he said yes. He said yes to everything. He loved everyone. He was the bravest boy…man I knew. And that was…He slung himself out of a foil balloon every day. Because he could. Because he was. And that’s why…and that’s why…we…we loved him.

19 de outubro de 2010

chuva

Chovia faziam três dias. Sem parar. A água já alcançava seus joelhos. Mas ela continuava ali, imóvel, lendo seu livro. Não podia chover para sempre, não é? Uma hora ou outra ia passar. Mais um dia de chuva e agora ela precisava ficar de pé para respirar, o livro tinha virado um borrão de tinta e papel molhado, sumiu pela casa inundada. Ela podia tentar sair da casa e ir para um lugar mais seguro, mas isso era bobeira, logo a chuva parava! Mais um dia de chuva e ela tinha sido obrigada a subir no telhado. Estava no único metro quadrado que não havia sido tomado pela água. Finalmente, a água tomou tudo e ela foi obrigada a nadar. Batendo os pés a favor da correnteza, esperando chegar a algum lugar enquanto a chuva continuava a cair em seus olhos, um pensamento lhe ocorreu "Como eu deixei as coisas chegarem nesse ponto? Por que eu deixei as coisas chegarem nesse ponto!?". Ela se sentia boba e irresponsável com sua própria vida, como se não se importesse o suficiente consigo mesma. "De verdade, o que eu estava pensando? Não faz o menor sentido agora." Cada vez mais o cansaço tomava conta de seu corpo, os músculos contraíam ardidos, os pulmões pareciam frouxos. Ela procurava algum galho, alguma coisa (qualquer coisa!) para se agarrar e descansar um pouco pelo menos, mas não havia nada, nem ninguém em volta que pudesse ajudá-la. Não havia saída. Ela estava tão cansada que deixar-se afogar não lhe parecia uma idéia tão absurda. "Eu não queria desistir de mim mesma assim tão facilmente." Respirou profundamente para tomar o fôlego e engoliu água. Tossiu. "Já fiz isso uma vez e me coloquei nessa situação." Ela não conseguia pensar. Não conseguia sentir. Tudo ficou escuro.

(Aniella)

indiferença

Por que tu fumas? Por amor. Amor ao que? Acorda pra vida, isso tá te matando aos poucos. Por ti, meu bem. Te amo tanto que não quero viver um segundo a mais além de ti. Não suportaria. Sua ausência me traz mais males que o fumo. Larga de besteira, claro que pode, sempre viveu, tua vida inteira! Estas enganada. Tu sempre esteve presente. Desde meu primeiro sonho. Só custei a te achar.

15 de outubro de 2010

- Tá sentindo alguma coisa, filha?

(Sim, mãe. Tudo! dor, tristeza, chateação, coração apertado, saudade…)
- Não, mãe. Tô cansada e com um pouco de dor de cabeça, só.

5 de outubro de 2010

ah, você.

Você me fez (muito) feliz. Não conseguia ficar um dia sem te ver. Éramos como dois elos de uma corrente, sempre juntas. Essa não foi a hora certa. Não era pra ser assim. Não podia ser assim. Eu ainda te amo.
Sinto como se algo, ou alguém, tenha nos separado. Agiu como um alicate, quebrando um dos elos. Grandes chances desse elo ter sido o meu. Eu. Nós. Não existe mais 'nós'. Somos eu e você. Por que? Não era pra ser assim. Não podia ser assim. Agora deixo-lhe as minhas sinceras desculpas. É o que me resta. Não tenho mais chão. Me restaram restos. Pessoas. Somente pessoas. Não você. Ah, você. Você sim, me fazia feliz. Só quero o seu bem. Nada que você faça, algum dia (mesmo agora), vai fazer com que eu pare de te amar. Nos afastamos. Não queria que fosse assim. Tínhamos planos. 21, Las Vegas. Um verão qualquer, praia, só nós, e o mar. E estes nossos planos? Aonde ficam? Num sonho antigo, talvez. Ou quem sabe eu vá, só pra ter a lembrança de algo que não aconteceu. Eu, e você. Nós. Juntas, novamente. Imagine. Ah, você. Você sim, me fazia feliz.

1 de outubro de 2010

autorretrato

Bom, por onde começar? Acho que falar sobre as coisas que mais me marcaram é extremamente válido.
Dois anos não é muita coisa, mas foram os melhores dois anos já vivenciados por mim. Fiz amigos que viraram irmãos, fui a incontáveis festas, conheci pessoas realmente incríveis, aprendi (e vivi) o significado da palavra ‘estorvar’, aumentei a minha lista de contatos significadamente, fiz viagens inesquecíveis, aprendi que há males que vem para o bem (leia-se: gripe suína), dancei muito, sonhei muito, chorei muito, fiz milhares de planos (a maioria frustrados), ri horrores, me apaixonei diversas vezes por diversas coisas, criei um blog, desabafei muito, escrevi muito, descobri que escrever me faz realmente bem, tirei muitas fotos, aprendi que não existe distância que separe uma verdadeira amizade, fiz muitas decisões erradas, senti muitas saudades, me desapontei muito, me iludi muito, mas me desiludi bem mais, aprendi que quanto mais você sobe, maior fica o tamanho da sua queda, escutei muita música, sermão, e palavras de conforto, aprendi muito, tive muita preguiça, estudei (não tanto), passei de ano (!), errei inúmeras vezes, concertei inúmeros erros e me arrependi, sim, de muita coisa, mas acho que se fosse pra fazer tudo de novo, eu faria exatamente igual (mas sempre tem as exceções).


Admito, reclamei muito, todos os dias, mas vou sentir muita falta de tudo, inclusive da Marleninha falando “O sinal já bateu” em todos os recreios, do Marciano e do Lucio fechando a porta na nossa cara, do Norton reclamando que eu dormia em todas as aulas, das piadas e do mal humor do Paulão, do Chamito, que toda aula deixava um copo na minha mesa ao invés do lixo, da Bia dando sermão toda segunda-feira, da Janna e das nossas piras erradas, da Fafa e seu sonho de ser uma rockstar, da Vero me acordando todo final de aula, de conversar com o Wandy e com a Má pelo twitter, de esperar ansiosamente a Mar toda vez que ela vinha pra Curitiba, do João achando que eu sou massagista, do Rapha, que apesar de não estudar no Positivo, marcou muito esses dois anos, de ir à feirinha toda sexta-feira, de ouvir música em quase todas as aulas do Jesus e, principalmente, da 2m(inferno)4! 

Agradeço a cada amigo, professor, inspetor, diretor, ouvinte, conselheiro, colega de sala, enfim, cada pessoa que passou por mim durante 2009 e 2010 e que, de algum jeito, acrescentou algo na minha vida. O que vai ser daqui pra frente, eu não sei, só sei que ano que vem terei de estudar muito pra passar em Design de Produto e depois me especializar em Moda, pois quero ser uma estilista de sapatos muito famosa e muito rica, afinal, sonho é sonho né?!

E ninguém melhor para finalizar o meu texto do que Caio Fernando Abreu:

Quando partiu, levava as mãos no bolso, a cabeça erguida. Não olhava para trás, porque olhar para trás era uma maneira de ficar num pedaço qualquer para partir incompleto, ficado em meio para trás. Não olhava, pois, e, pois não ficava. Completo, partiu.”

E ah, quase esquecendo (esquecida, como sempre), me chamo Nicole Santos Ramos, tenho 15 anos (sim, sou adiantada) e cursei meu primeiro e segundo ano no Positivo Ângelo Sampaio, sempre com a M4.