9 de agosto de 2009

love's an excuse to get hurt.

Existem três dores no coração. Digo, três dores brutas, porque no fundo cada sentimento que é processado por esse pequeno é diferente. A primeira, e talvez mais comum pra grande parte das pessoas, é a dor do amor. Revoltante, incrivelmente dolorida, e difícil de se livrar. Mas ela passa. Pode demorar, pode doer e machucar o quanto for, mas que passa, passa. Talvez um dia aquele sentimento que você trancou numa gaveta encontre a chave e volte a te assombrar, mas aos poucos vai indo embora. É o tipo de coisa complicada, mas que no final vale a pena. Já ouviram falar que amar amadurece? Se não amou ainda, você vai entender que isso é de fato uma verdade bem pesada, e não uma frase clichê dos corações partidos. A segunda é a da perda. Irremediável, impossível voltar atrás até sabe lá Deus onde. E assim como o primeiro exemplo, difícil de se livrar, mas ainda sim, benéfica. Sofrer, chorar e sentir raiva servem pra alguma coisa além de olhos inchados, afinal.
E então vamos a terceira, que é a dor da ausência. Aquele vazio, o buraco no seu peito, a sensação que você vai ser despedaçado no segundo em que se esquecer e escorregar naquele assunto. Narrado em diversos livros e retratado por milhares de filmes, mas nunca realmente entendido enquanto não for sentido. Garanto, não tem nada como a ausência de alguém importante. Pode-se misturar a perda com a falta, mas uma coisa que é incrivelmente desafiante é sabe lidar com a ausência e ansiedade. A vontade de ver a tal pessoa de novo, de saber que ela vai voltar, de ter certeza de que vai tê-la ao seu lado de novo, a companhia, as brincadeiras, os choros, e até os momentos difícieis. Esse tipo de combinação só faz o buraco aumentar, queimar nas beiradas, te consumir por dentro. Por que, mesmo com a certeza de que as coisas vão voltar ao normal, você ainda vai ter que aguentar o seu tempo sozinho. Espero que as pessoas que já passaram por isso, ou que estão passando, consigam se reerguer, recuperar suas forças e o tempo perdido sofrendo por algo que já é passado.

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